Um responsável da ONU alertou hoje para o risco de uma «catástrofe humanitária aterradora» na Síria, na véspera de uma conferência de doadores para a qual organizações não-governamentais já reuniram donativos de 442 milhões de euros.
Corpo do artigo
As Nações Unidas, cujo secretário-geral, Ban Ki-moon, vai presidir à conferência anual no Kuwait, pretendem alcançar um total de doações de 8,4 mil milhões de dólares (7,75 mil milhões de euros) para ajudar a população da Síria, há quatro anos em guerra.
«Fracassar na obtenção desses fundos conduziria a uma catástrofe humanitária perigosa e aterradora», advertiu Abdullah al-Maatug, enviado especial da ONU para os Assuntos Humanitários, perante representantes de ONG de vários países presentes no Kuwait para a conferência.
A diretora de operações humanitárias na ONU, Valerie Amos, afirmou que a situação se continuou a degradar na Síria, onde mais de 215.000 pessoas morreram desde março de 2011, com 2014 como o ano mais mortífero, com 76.000 mortos.
Quase um em cada dois sírios foi forçado a abandonar a sua casa, o que constitui um recorde mundial dos últimos 20 anos, segundo a ONU.
A terceira conferência de doadores para a Síria começa na terça-feira, com uma intervenção do emir do Kuwait, o xeque Mohamed Abdallah al-Sabah. Em 2014, a conferência reuniu 2,4 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros) e, em 2013, 1,5 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros).