A reunião dos membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa para o reforço dos observadores na Geórgia terminou sem acordo. No entanto, à TSF, o presidente da Assembleia Parlamentar da OSCE disse que está em cima da mesa uma «solução a nível político».
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A reunião dos membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) desta segunda-feira quanto ao reforço dos observadores na Geórgia terminou sem entendimento, anunciou a presidência finlandesa da organização.
O ministro finlandês dos Negócios Estrangeiros, Alexander Stubb, tinha apresentado aos 56 Estados-membros um curto texto onde propunha o envio de uma centena de observadores suplementares para o conflito no Cáucaso.
Fontes diplomáticas ouvidas pela agência France Press indicam que na base dos desentendimentos estiveram as pretensões de Moscovo de conhecer os países de origem e o mandato específico dos observadores.
Entretanto, ouvido pela TSF, o presidente da Assembleia Parlamentar da OSCE disse que existem algumas dificuldades entre os Estados-membros no que se refere à zona envolvente da região onde se registaram «conflitos» entre russos e georgianos, nomeadamente nas zonas da Ossétia do Sul e Abcázia.
João Soares garantiu que, apesar do fracasso da reunião desta segunda-feira em Viena, as negociações mantêm-se, sendo possível conseguir um acordo terça-feira.
João Soares avançou ainda que vai ser negociada uma «solução a nível político» para resolver o impasse entre o ministro dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, presidente em exercício da OSCE, e os seus homólogos georgiano e russo.
Entretanto, ao longo desta segunda-feira, as declarações contraditórias sobre a prometida retirada das forças russas da Geórgia multiplicaram-se, como Moscovo a garantir que está a cumprir o prometido, enquanto os georgianos apresentaram outra versão.