O egípcio é o activista e bloguer que ficou ligado ao levantamento no Egipto que derrubou o presidente Hosni Mubarakem Fevereiro deste ano.
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A revolta no Egipto foi o mote que resultou na eleição feita pela revista Time. Wael Ghonim escrevia nas redes sociais, em especial, promovendo a desobediência civil e incentivando todos a participar nas manifestações que acabaram por derrubar o presidente Hosni Mubarak.
Desta forma, a revista encara a acção do engenheiro, especialista em computação, como o principal instigador da revolta egípcia.
Aos 30 anos, Ghonim trabalha para a Google, onde dirige a secção de marketing da empresa para o Médio Oriente e Norte de África.
Esteve preso durante onze dias por apelar à revolta, mas a prisão tinha condições especiais: mesmo detido, continuava a comunicar com o exterior através da rede online Twitter.
Em Fevereiro deste ano, a BBC referia-se ao activista como herói do Egipto, enquanto Ghonim não tinha palavras a medir nas solicitações de entrevistas televisivas. No Youtube existem vários vídeos com o activista do Médio Oriente.
A revista Time distingue-o agora e Mohamed Baradei, o putativo candidato à presidência do Egipto, escreve o perfil de Ghonim.
A revista costuma eleger não-políticos como personalidades do ano, o mais célebre foi Albert Einstein, mas a opção tem sido quase sempre por pessoas da política.
Não há quase presidente dos Estados Unidos que não tenha sido eleito "homem do ano", numa eleição que já nomeou também presidentes da Rússia e da antiga União Soviética, mas também cientistas, activistas políticos e pacifistas.