A Câmara Municipal de Toronto votou a favor da retirada de poderes executivos ao presidente Rob Ford, que permanece no cargo mantendo apenas funções de vereador, tendo apelidado a sua 'despromoção' de «processo ditatorial».
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Depois de uma sessão muito agitada, que durou quase cinco horas, foram votadas, umas a seguir às outras, alterações que pouco a pouco foram suprimindo os poderes e atribuições do presidente da Câmara Municipal de Toronto, como o orçamento ligado às suas funções e uma parte dos funcionários do seu gabinete.
Rob Ford, que recentemente confessou o consumo de 'crack' e abuso do álcool, e que por isso viu o seu cargo em perigo, não tomou parte das votações de hoje, por considerar que não se trataram de um «processo democrático», mas sim de um «processo ditatorial».
Vários vereadores manifestaram o seu desagrado perante o procedimento, dizendo que as medidas aprovadas na sexta-feira quase de forma unânime eram amplamente suficientes para uma boa gestão municipal.
"O que fizeram hoje é ilegal e anti-democrático", disse o vereador Giorgio Mammoliti aos seus colegas.
Na sexta-feira, a assembleia municipal transferiu para o presidente-adjunto do município o poder de nomear os presidentes das comissões municipais e o poder de assegurar em caso de emergência a gestão da quarta maior cidade da América do Norte.
Rob Ford recusou-se na sexta-feira a abandonar o cargo, apesar do voto de desconfiança aprovado pela autarquia em reação aos escândalos que o envolvem em casos de prostituição, drogas e álcool.