A Rússia alertou o Ocidente, que apelou ao recurso da força contra o regime sírio de Bachar al-Assad, para o que pode ser uma repetição da «aventura» que foi o Iraque.
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«Tudo isto nos recorda os acontecimentos de há 10 anos atrás, quando, sob o pretexto de informações falsas sobre a presença no Iraque de armas de destruição em massa, os Estados Unidos, ignorando as Nações Unidas, embarcaram numa aventura que todos sabemos agora as consequências», afirma o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado, citado pela AFP.
Nos Estados Unidos um representante dos Democratas e outro do Republicanos, instaram o Presidente Barack Obama a iniciar uma ação militar na Síria como resposta ao suposto uso de armas químicas por parte das tropas do regime de al-Assad.
Fontes da Casa Branca, citadas por vários meios de comunicação locais, dos quais a Efe faz eco, indicaram que o Governo norte-americano tem poucas dúvidas de que o executivo sírio usou na passada quarta-feira armas químicas, e que neste momento uma inspeção internacional chega demasiado tarde, para ser fiável.
«Temos de atuar, e temos de atuar rapidamente», disse o representante democrata eleito por Nova Iorque, Eliot Engel, que detém o mais alto cargo na comissão de Negócios Estrangeiros da Câmara dos Representantes, numa entrevista à televisão Fox.
«O Congresso deve envolver-se, mas não no início», adiantou Engel que opinou que os Estados Unidos não deveriam enviar tropas, caso possam usar mísseis cruzeiro para destruir as pistas dos aeródromos que utiliza o Governo de Damasco.
«Acho que devemos responder juntamente com os nossos aliados da NATO. Não nos podemos permitir ao luxo de ficar sentados e esperar», disse.
No mesmo sentido falou o senador pelo Tennessee, Bob Corker, o republicano com o mais alto cargo na comissão senatorial dos Negócios Estrangeiros, que insistiu que se «responderá de forma limitada e precisa».