Porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros referiu que este é um exemplo de como as sanções europeias afetam cidadãos do bloco comunitário.
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A Rússia criticou esta terça-feira a decisão de um banco espanhol de rejeitar as transferências de pensões desde órgãos públicos russos para pessoas que fugiram para a URSS durante a guerra civil e que regressaram a Espanha posteriormente.
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, María Zajárova, referiu que este é um exemplo de como as sanções europeias afetam cidadãos do bloco comunitário.
Zajárova, que publicou a nota no 'site' do ministério russo, lamentou que a medida do CaixaBank afete pessoas "vulneráveis" e "idosas", que têm agora mais de 90 anos.
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Da mesma forma, sublinhou que entre 1936 e 1939 a URSS acolheu cerca de 3.000 crianças que fugiam dos "bombardeamentos das tropas de Franco".
Muitos destes regressaram a Espanha no final do século XX e recuperaram a cidadania espanhola, acrescentou Zajárova.
Segundo a porta-voz da diplomacia russa, atualmente existem algumas "crianças de guerra" que continuam a receber pensões russas, em virtude de um acordo entre Espanha e Rússia.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de cinco mil civis, segundo a Organização das Nações Unidas, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A invasão russa causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,7 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Também segundo as Nações Unidas, 15,7 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.