No dia em que a Rússia testou um míssil balístico intercontinental após o envio de tropas para a Crimeia, este ex-vice-chefe de Estado-maior do Exército entende que «o que a Rússia está a dizer é que aqui não entram».
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O general Garcia Leandro acredita que nem a Rússia nem a Ucrânia estão interessadas num conflito e que o que se está a passar é aquilo que «em estratégia se chama de gesticulação».
«Verdadeiramente ninguém quer um conflito militar. Ameaçam e há fronteiras e riscos que não se podem pisar», afirmou este antigo vice-chefe de Estado-maior do Exército após o envio de tropas para a Crimeia.
No dia em que a Rússia testou com sucesso um míssil balístico intercontinental, Garcia Leandro entende que «o que a Rússia está a dizer é que aqui não entram, aqui é o limite irrevogável».
«De um lado temos a vontade do povo da Ucrânia, mas que está dividido e o interesse em entrarem na União Europeia e do outro essa ligação histórica, social, económica e política que têm à Rússia», explicou.
Garcia Leandro lembrou ainda que a «Rússia sempre considerou a Ucrânia como parte do seu conjunto, incluindo a componente militar que está na Crimeia».