A Rússia defende que só através da renúncia de «ameaças» e «ultimatos», a Ucrânia poderá sair da «crise profunda» criada com a decisão de suspender os preparativos para um acordo com a União Europeia.
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«Esperamos que a oposição na Ucrânia renuncie às ameaças e aos ultimatos e intensifique o diálogo com as autoridades para que o país possa sair da crise profunda mantendo-se no quadro constitucional», afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado.
«A Rússia está muito preocupada com a aspiração das forças da oposição ucraniana a fazer com que a situação se deteriore ainda mais», acrescenta o comunicado, evocando o apelo de um dirigente da oposição para manifestações junto das sedes das administrações locais.
A diplomacia russa diz-se «perplexa» com tais apelos, porque eles contrariam «declarações de fidelidade à democracia e aos valores europeus» e são feitos depois de «contactos em Munique entre dirigentes da oposição e representantes de países ocidentais».
Antiga república soviética, a Ucrânia é há dois meses palco de manifestações maciças, algumas marcadas por violentos confrontos com a polícia, convocadas após a decisão do Presidente, Viktor Ianukovitch, de suspender os preparativos para assinar um acordo com a União Europeia e estreitar relações com a Rússia.