Rússia "quer limpar-nos da face da Terra". Zelensky pede às populações que "não deixem os abrigos"
Foram ouvidas três explosões em Kiev e em Zaporijia registou-se o terceiro bombardeamento em cinco dias.
Corpo do artigo
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, esta segunda-feira, que várias pessoas morreram e outras ficaram feridas na sequência de múltiplos ataques nas cidades ucranianas, incluindo o primeiro bombardeamento em Kiev após vários meses.
"As sirenes de ataque aéreo não estão a ajudar a Ucrânia. Infelizmente, há mortos e feridos. Por favor não deixem os abrigos", afirmou Zelensky nas redes sociais, acusando a Rússia de querer "limpar-nos da face da Terra".
Pelo menos oito pessoas morreram e outras 24 ficaram feridas após fortes explosões em Kiev, explosões essas que tiveram lugar por volta das 08h15 locais (06h15 em Lisboa) com as sirenes de ataque aéreo a soarem na capital ucraniana durante uma hora antes.
O bombardeamento em Kiev ocorre num dia de ataques aéreos contra várias cidades ucranianas.
De manhã registou-se o terceiro bombardeamento em cinco dias contra a cidade de Zaporijia (sul), no qual, segundo alguns meios de comunicação, uma pessoa morreu.
Os media ucranianos também relatam várias explosões de mísseis na cidade de Dnipro, bem como ataques a Zhytomyr, perto de Kiev, em Khmelnytskyi, mais a leste, na margem do rio Bug do sul, e Ternopil (a leste, nas margens do rio Seret).
De acordo com o jornal independente de Kiev, que cita o governador Vitaliy Kim, um total de dez mísseis S-300 caíram sobre a cidade de Myukolaiv, sem vítimas relatadas até agora.
Estas explosões acontecem também um dia depois de Putin ter acusado os serviços secretos ucranianos de estarem por trás da explosão que danificou a ponte da Crimeia no sábado, um ato que o presidente russo classificou como "terrorista".
Os últimos ataques a Kiev tinham acontecido a 26 de junho.