A ministra portuguesa da Presidência, Manuela Leitão Marques, lamentou esta quinta-feira, a título pessoal, a destituição de Dilma Rousseff.
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"Naturalmente não foi discutido no Conselho de Ministros nem cabe ao Governo pronunciar-se sobre o funcionamento das instituições normais de outro país. Se me pergunta pessoalmente, é com pena que vejo partir antes do fim do mandato a primeira mulher Presidente eleita do Brasil", afirmou Manuela Leitão Marques.
A ministra da Presidência e da Modernização Administrativa respondia a uma questão sobre a destituição de Dilma Rousseff, durante a conferência de imprensa da reunião do Conselho de Ministros.
"Se houver alguma ilegalidade como é levantado pela senhora ex-Presidente do Brasil Dilma Rouseff, ela vai ser apreciada no recurso que será feito para o Supremo Tribunal, mas isso diz respeito ao funcionamento das instituições brasileiras, democraticamente eleitas ou escolhidas segundo a sua Constituição", afirmou.
"A minha pena é pessoal, por ter sido a primeira mulher Presidente do Brasil e vê-la partir em circunstâncias que não são agradáveis, para a própria, desde logo", reforçou.
Na quarta-feira, Michel Temer, que desempenhava interinamente desde 12 de maio as funções de chefe de Estado, foi empossado no cargo de Presidente do Brasil, na sequência da destituição de Dilma Rousseff.