À falta de inspetores no SEF para tratar dos britânicos em Portugal, Santos Silva diz que não há pressa. Aos portugueses na Venezuela, o ministro alerta para os cuidados a ter no dia dos protestos, esta quarta-feira.
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Se o tempo falta à primeira-ministra britânica, Theresa May, que esta segunda-feira apresentou o plano B para o Brexit, o mesmo não se pode dizer do Governo português que tem todo o tempo do mundo.
Às preocupações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que se queixa de falta de inspetores, em caso de uma saída do Reino Unido, sem acordo, da União Europeia, Santos Silva responde com calma.
Após a primeira reunião do ano dos chefes de diplomacia da União Europeia, em Bruxelas, o ministro português dos Negócios Estrangeiros lembrou que o Governo tem quase dois anos para o fazer e que, por isso, não há razões para preocupações.
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Augusto Santos Silva aproveitou ainda a ocasião para falar aos portugueses e lusodescendentes que vivem na Venezuela, a propósito dos protestos marcados para esta quarta-feira.
O ministro alerta para a necessidade dos "habituais cuidados de segurança", durante as manifestações no país.
Os protestos contra e a favor do regime de Nicolas Maduro realçam o clima de instabilidade do país. Santos Silva diz que Portugal alinha pela posição europeia, sobre a necessidade de ser relançado o processo político na Venezuela.
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Nicolas Maduro tomou posse, há duas semanas, para um segundo mandato como Presidente da Venezuela, depois de ter sido reeleito a 20 de maio de 2018.
No dia seguinte, a oposição pôs em causa os resultados eleitorais, ao alegar irregularidades.
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