O Presidente francês pediu ao seu partido «dignidade» na preparação das presidenciais e mostrou-se satisfeito com a contenção nas reacções ao escândalo que atinge Dominique Strauss-Kahn. ttttt
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Numa intervenção oficial no pequeno-almoço da União para um Movimento Popular (UMP), segundo a imprensa francesa, a nota mais saliente foi Nicolas Sarkozy ter ignorado o nome de DSK, como é geralmente conhecido o ainda director do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O Presidente francês mostrou-se satisfeito com a contenção nas declarações de responsáveis da UMP e de membros do Governo desde a acusação de Strauss-Kahn nos Estados Unidos por agressão sexual, tentativa de violação e de sequestro.
Pelo contrário, o chefe de Estado francês repetiu a exigência de dignidade, insistindo também na linha de «trabalho, sangue-frio e unidade» na corrida às presidenciais de 2012.
Em privado, segundo o vespertino Le Monde e outros jornais, Nicolas Sarkozy mostrou-se, porém, mais crítico e terá dito que os socialistas perderam uma primeira batalha, «a da moral».
Sarkozy considerou a acusação de Strauss-Kahn um desastre para os socialistas franceses e entre os próximos do Presidente, segundo a imprensa francesa, lamenta-se apenas que «o escândalo rebentou cedo de mais».
Mais agressivo foi o primeiro-ministro francês, François Fillon, que afirmou perante os deputados da UMP que «se os factos forem provados, estamos perante atos que não têm qualquer desculpa em França ou nos Estados Unidos».
DSK passou a sua primeira noite numa prisão de Nova Iorque, em Rikers Island, onde aguarda a comparência em tribunal, marcada para sexta-feira, e a análise da acusação por um júri.