O primeiro-ministro britânico diz que a guerra na Ucrânia é um "exemplo perfeito de masculinidade tóxica". Moscovo responde com Sigmund Freud.
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Vladimir Putin não teria ordenado a invasão da Ucrânia se fosse mulher, afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que acredita que o mundo seria melhor com mais mulheres no poder.
"Se Putin fosse uma mulher, o que obviamente não é, não acredito que teria embarcado nesta guerra maluca de macho, de invasão e violência, como fez", afirmou Boris Johnson esta terça-feira, em declarações ao canal de televisão alemão ZDF.
O início desta guerra é um "exemplo perfeito de masculinidade tóxica", acrescentou.
Na mesma entrevista, o primeiro-ministro britânico apelou a mais educação para as raparigas de todo o mundo e defendeu mais "mulheres em posições de poder".
Moscovo já respondeu. Numa mensagem irónica, divulgada pela agência de noticias RIA Novosti, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov disse apenas: "Durante a sua vida o velho Freud teria sonhado com tal objeto de estudo!"
Numa breve declaração à entrada da cimeira da Aliança Atlântica, em Madrid, esta quarta-feira, Boris Johnson voltou a falar do Presidente russo, afirmando que Putin "estava completamente errado" por esperar "que houvesse menos NATO".
A Rússia vai ter "mais NATO à porta" com a esperada entrada da Suécia e da Finlândia, ao contrário do que pensava quando invadiu a Ucrânia.
Johnson referia-se às candidaturas da Suécia e da Finlândia, que foram desbloqueadas na terça-feira com um acordo entre os dois países e a Turquia, que se opunha à sua entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte.