Uma comissão do Senado norte-americano abriu uma investigação sobre o uso da tortura retratada no filme «Zero Dark Thirty», realizado por Kathryn Bigelow, e vai interrogar a CIA sobre o tipo de informações partilhadas com os responsáveis do filme.
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Três senadores norte-americanos que há cerca de dois meses classificaram de «inexata e enganadora» o filme baseado na operação militar que eliminou Osama Bin Laden, anunciaram na quinta-feira, que vão investigar se a realizadora, Kathryn Bigelow, e o guionista, Mark Boal, tiveram acesso «inapropriado» a informação confidencial.
«O filme implica claramente que as técnicas de interrogação coerciva da CIA foram efetivas para extrair informação importante relacionada com um 'mensageiro' de Bin Laden. Revemos os documentos da CIA (Central Intelligence Agency), e sabemos que isso é incorreto», sublinharam.
O filme realizado por Kathryn Bigelow, realizadora já distinguida com um Óscar, conta a história de uma década de procura do líder da Al-Qaida, Osama Bin Laden, desde os acontecimentos registados em 11 de setembro de 2001, até ser encontrado escondido no Paquistão e ser morto.
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O filme mostra funcionários norte-americanos a usarem técnicas duras e violentas de interrogatório, como o afogamento simulado, método habitualmente considerado como tortura.
Segundo o filme, a informação obtida desta forma, foi crucial, em vez de se juntarem peças que levassem a encontrar Bin Laden.