O comando norte-americano que acabou com a vida de Osama Bin Laden em Maio, não tinha como objectivo deter o líder da Al-Qaeda, mas sim matá-lo, revela a revista The New Yorker.
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«Nunca esteve em causa se se devia deter. Não foi uma decisão tomada numa fracção de segundo. Ninguém queria detidos», afirmou um responsável das operações especiais à New Yorker, que esta semana publica um relato pormenorizado da Operação Gerónimo que terminou com a morte do líder da Al-Qaeda.
A versão oficial da administração americana sempre sublinhou que a operação desencadeada no Paquistão tinha como missão capturar Bin Laden, mas o terrorista terá oferecido resistência e por isso foi aberto fogo contra ele, como explicou diversas vezes o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
Bin Laden morreu com dois tiros, um no tronco e outro na cabeça, de um dos soldados das operações especiais que participou na missão e que depois de comprovar que o terrorista tinha sido abatido informou via rádio o comando da missão utilizando a linguagem código "Gerónimo E.K.I.A", acrónimo em inglês de "inimigo morto em combate".
A operação de 40 minutos decorreu numa vivenda de Abbottabad, a 50 quilómetros de Islamabad, tendo os soldados chegado ao complexo a bordo de dois helicópteros Black Hawk.
Além de Bin Landen foi ainda morto um dos filhos do homem até então o mais procurado do mundo, e uma das mulheres do líder da Al-Qaeda ficou ferida numa perna.