O secretário-geral das Nações Unidas criticou fortemente a «paralisia» do Conselho de Segurança da ONU face ao conflito na Síria, afirmando que esta atuação prejudica a população síria e a credibilidade da organização internacional.
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«A paralisia do Conselho prejudica a população síria, bem como prejudica a sua própria credibilidade», afirmou Ban Ki-Moon.
O secretário-geral da ONU falava durante um debate sobre a responsabilidade da organização internacional na proteção de populações civis contra genocídios e crimes de guerra.
«Não podemos mais desviar o olhar num momento em que uma violência sectária está a crescer sem controlo, em que a crise humanitária [no país] está a agravar-se e o conflito já ultrapassou as fronteiras» da Síria, acrescentou Ban Ki-moon.
«Precisamos de assumir responsabilidades importantes nas Nações Unidas», defendeu o secretário-geral, apelando ainda para «uma ação por parte dos governos que tenha capacidade de influência de forma a encontrar uma solução política» para o conflito.
Os 15 países-membros do Conselho de Segurança da ONU têm sido incapazes, até à data, de exercer uma pressão efetiva sobre o regime de Damasco.
Rússia e China, países com direito de veto no Conselho de Segurança e aliados tradicionais de Damasco, travaram até ao momento três projetos de resolução.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), mais de 26 mil pessoas, a maioria civis, morreram desde o início da revolta contra o regime do Presidente sírio Bashar al-Assad, em março de 2011.