A Organização para a Interdição de Armas Químicas anunciou hoje que recebeu, dentro do prazo, o programa de destruição do arsenal químico solicitado à Síria.
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«A OIAC confirma que a República Árabe Síria [lhes] submeteu na quinta-feira, 24 de outubro, a declaração inicial formal do seu programa de armas químicas», indicou a Organização em comunicado citado pela France Presse, sublinhando que «a Síria cumpriu o prazo», que terminava hoje.
Esta declaração «permite estabelecer o plano para uma destruição sistemática, integral, e proceder à verificação integral de armas químicas declaradas, bem como de instalações de produção e armazenamento», acrescentou a Organização para a Interdição de Armas Químicas (OIAC), sediada em Haia, na Holanda.
O «plano geral de destruição foi submetido ao conselho executivo da OIAC», a Organização responsável de supervisionar a destruição do arsenal químico sírio na sequência de uma resolução histórica das Nações Unidas.
A resolução 2118 ordena a destruição do arsenal químico sírio até meados de 2014.
O conselho executivo da OIAC vai utilizar esta declaração «inicial» de Damasco para fixar, até ao dia 15 de novembro, as diferentes datas para levar a cabo a destruição do arsenal químico.
Damasco já elaborou um inventário dos locais de produção e de armazenamento das suas armas químicas, que estão a ser investigados pelos especialistas no âmbito de uma investigação conjunta da ONU e da OIAC.
Na sexta-feira, a OIAC anunciou que os seus especialistas já tinham inspecionado 19 dos 23 locais que constam da declaração facultada pelo Governo sírio.
A resolução da ONU para o desmantelamento do arsenal químico da Síria, aprovada na sequência de um acordo entre a Rússia e os Estados Unidos, afastou a ameaça de uma intervenção armada norte-americana, na sequência do ataque químico mortal atribuído ao regime sírio, a 21 de agosto, perto de Damasco.