O ministro dos Negócios Estrangeiros sírio acusou a Liga Árabe de pretender internacionalizar a crise da Síria, onde o regime tem vindo a reprimir violentamente uma revolta popular que se prolonga há oito meses.
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O governante reagia, numa carta endereçada à Liga Árabe, à decisão da organização anunciada quinta-feira de apelar às Nações Unidas a desenvolver esforços para que a Síria aceite o envio de observadores para o país ou, se recusar, a sofrer sanções económicas.
«O que se compreende da última decisão da Liga Árabe é uma apelo tácito à internacionalização da situação na Síria e uma ingerência nos seus assuntos internos», escreveu Walid Mouallem na carta publicada pela agência oficial síria Sana.
O pedido feito ao secretário-geral da ONU é um «apelo à intervenção estrangeira (na Síria)», acrescentou.
Os ministros árabes das Finanças e da Economia estiveram reunidos hoje à tarde no Cairo para discutir a aplicação de sanções económicas contra a Síria, perante a recusa do governo de Damasco de acabar com a repressão sangrenta de manifestações contra o regime do presidente Bachar al-Assad.