O Presidente francês, François Hollande, assegurou hoje que a resposta da comunidade internacional ao alegado ataque químico nos arredores de Damasco será dada até ao final da semana.
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«Tudo se vai pedir nesta semana. Há várias opções em cima da mesa, que vão do reforço das sanções internacionais até incursões aéreas, passando por armar os rebeldes», declarou o chefe de Estado francês ao diário Le Parisien.
François Hollande advertiu que, embora seja muito cedo para dizer «categoricamente» o que vai acontecer, vai dar-se «algum tempo» ao processo diplomático, mas «não se vai esperar muito».
«Não se pode ficar sem agir face ao uso de armas químicas», disse o Presidente francês, que no fim de semana conversou por telefone com o Presidente dos EUA, Barack Obama, com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e com a chanceler alemã, Angela Merkel, entre outros, para começar a coordenar a resposta.
«A que vão levar as nossas discussões? Vai saber-se nos próximos dias», disse à emissora de rádio "Europe 1" o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Laurent Fabius, para quem a comunidade internacional "não pode contentar-se" com a afirmação de que o que aconteceu na última quarta-feira é «inaceitável».
«Todas as opções estão abertas», insistiu o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, que frisou que a reação será «proporcional ao massacre».
As autoridades sírias deram no domingo "luz verde" para a missão da ONU visitar hoje os arredores de Damasco, onde a oposição denunciou os assassinatos, e investigar denúncias de uso de armas químicas.
«A presença de inspetores da ONU é tardia. Uma série de provas pode desaparecer», lamentou Fabius, que criticou o regime de Bashar al-Assad por ter impedido que a investigação tivesse lugar mais cedo.