A missão que vai preparar a deslocação à Síria de observadores da Liga Árabe chegou, esta quinta-feira, a este país, onde a violência causou mais 21 mortos, segundo ativistas dos direitos humanos citados pela agência AFP.
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A delegação, com uma dezena de elementos e dirigida por um quadro superior da Liga Árabe, irá resolver os problemas logísticos do primeiro grupo de 30 a 50 observadores que chega no domingo à Síria.
O número total de observadores deverá atingir 150 a 200, sendo todos peritos civis ou militares árabes que irão trabalhar sob a chefia do general sudanês Mohammed Ahmed Mustapha al-Dabi, que esteve envolvido nas guerras civis entre o norte e sul do Sudão e a do Darfur.
A presença destes observadores parece, no entanto, não agradar aos ativistas que desde há nove meses contestam o regime do presidente sírio, Bachar al-Assad, e que hoje apelaram na página do Facebook «Syrian Revolution 2011» para a realização de um protesto na sexta-feira contra o «protocolo da morte», como designam o acordo com a Liga Árabe.
De acordo com o texto assinado na segunda-feira no Cairo, os observadores deverão nomeadamente garantir «o fim de todos os atos de violência de onde quer que venham» e obter «a libertação dos detidos relacionados com a atual crise».
Os observadores deverão também atuar para que o «governo autorize os 'media' árabes e internacionais a entrar e movimentar-se livremente por toda a Síria», estabelece o texto do qual a AFP obteve uma cópia.
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]