Numa entrevista o jornal Sunday Times, Bashar al-Assad diz estar «preparado» para lutar e morrer caso seja necessário enfrentar forças estrangeiras.
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O presidente sírio afirmou que o seu país «não cederá» perante uma intervenção militar internacional contra a repressão do seu regime face à oposição.
Em entrevista publicada este domingo pelo jornal britânico Sunday Times, Bashar al-Assad declarou-se «preparado» para lutar e morrer caso seja necessário enfrentar forças estrangeiras.
O líder sírio afirmou ainda que sente tristeza por cada gota de sangue vertida no seu país, mas lembrou que o seu regime tem de fazer respeitar a lei contra os grupos armados.
Al-Assad acusou ainda a Liga Árabe de estar a criar um pretexto para uma intervenção militar ocidental, que «desestabilizará toda a região e afectará todos os países».
O presidente da Síria prometeu ainda eleições em Fevereiro ou Março de 2012 para se que tenha um «novo parlamento» que vai desenhar uma nova constituição para o país.
Questionado sobre se a violência policial contra manifestantes tem sido dura e agressiva, Bashar al-Assad disse que os conceitos de «dureza e agressividade são subjectivos».
«Não estamos a falar de manifestações pacíficas estamos a falar de militantes. Quando temos militantes temos mortes», acrescentou al-Assad, que frisou que o seu governo tem sempre trabalhado a favor da população.
Nesta entrevista, o líder sírio reconheceu a existência de erros de funcionários do governo contra os manifestantes, excessos de zelo que estão a ser investigados.
«Se tiver havido excesso cometidos pelo pessoal do Governo isto poderá ser investigado pelo Comité de Investigação que formámos durante os últimos meses», frisou.
Al-Assad chamou ainda à atenção para os 800 agentes das forças de segurança mortos durante os últimos meses e prometeu o combate ao contrabando de armas.
O presidente da Síria entende ainda que o problema do país não está na chefia do Estado, mas da «estabilidade e unidade da Síria».