Os observadores da ONU já estão a recolher amostras no local onde alegadamente, na semana passada, mais de um milhar de pessoas morreu na sequência de um ataque com armas químicas.
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O regime de Damasco autorizou ontem que os observadores se deslocassem para o terreno. Esta manhã, um dos veículos foi alvo de disparos.
Porém, depois do ataque e no atraso na viagem, os investigadores das Nações Unidas já chegaram ao local escolhido para realizar as investigações e começaram mesmo a encontrar-se com alegadas vítimas do uso de armas químicas, num dos subúrbios da capital com o objetivo de recolher amostras que possam suportar a investigação.
Mas a viagem até Mouadamiya, a sudoeste de Damasco, acabou por ser atribulada depois de a coluna de veículos, que transportava os cerca de 20 inspetores, ter sido atacada em plena viagem.
Em comunicado, o porta-voz das Nações UNidas, que não faz referência a qualquer ferido resultante do ataque, refere que «o primeiro veículo de seis veículos onde viajavam os investigadores foi deliberadamente atingido várias vezes por disparos provenientes de atiradores não identificados» junto a uma área definida como «zona-tampão».
A nota, enviada pelo gabinete do secretário-geral da ONU, acrescenta ainda que «uma vez que o veículo atingido deixou de estar operacional, a equipa de investigadores acabou por regressar a um posto de controlo do Governo»; ainda assim, com a promessa de continuar a viagem logo que ocorresse a substituição do carro atingido.
No comunicado enviado pela ONU, o porta-voz das Nações Unidas sublinha ainda que, na sequência deste incidente, o secretário-geral Ban Ki-moon já reiterou a necessidade de cooperação de «todas as partes» envolvidas para que os inspectores possam fazer o trabalho em segurança.