Quarenta camiões carregados com ajuda alimentar para Alepo estão bloqueados na fronteira desde a semana passada. Os alimentos só aguentam até segunda - feira.
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O chefe do grupo de trabalho da Nações Unidas para a ajuda humanitária à Síria, Jan Egeland, apelou, esta quinta-feira, ao presidente sírio Bashar al-Assad para que permita rapidamente a distribuição dos alimentos.
"Quarenta camiões estão parados na fronteira turco-síria. Os alimentos expiram na segunda-feira", disse à imprensa em Genebra o responsável da ONU.
"Os motoristas estão a dormir na fronteira e isso acontece há uma semana, portanto, por favor presidente Assad, faça a sua parte para que possamos chegar ao leste de Alepo e a outras zonas cercadas", disse Egeland, num apelo direto ao presidente sírio.
Os camiões da ONU entraram na zona alfandegária entre os dois países a 12 e 13 de setembro.
O plano era seguirem viagem pela estada Castello, a principal via rodoviária de acesso a Alepo, cercada pelas forças governamentais desde julho e com cerca de 250.000 pessoas a precisar urgentemente de ajuda humanitária.
O desimpedimento daquela estrada era um ponto central da trégua acordada entre os Estados Unidos e a Rússia, mas as forças do regime não deram até ao momento garantias de segurança para que a coluna de ajuda possa transitar.
O ataque, na segunda-feira, a uma coluna de 31 camiões de ajuda humanitária da ONU, que matou duas dezenas de pessoas e destruiu 18 camiões, levou à suspensão da distribuição de ajuda.
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Hoje, o porta-voz do Gabinete de Coordenação das Questões Humanitárias (OCHA), Jens Larke, anunciou que uma coluna de ajuda estava a caminho de uma localidade cercada na periferia de Damasco.
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As zonas cercadas são a principal prioridade da ONU e, segundo Egeland, os próximos locais a receber ajuda, se houver condições de segurança, serão Madaya, "onde as pessoas estão a passar fome", e o bairro de Waer, em Homs.