O Conselho de Segurança da ONU aprovou, por unanimidade, uma declaração que pede a Damasco para respeitar o prazo de 10 de abril para pôr fim às principais operações militares.
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A declaração pede à oposição que faça o mesmo, devendo existir um cessar-fogo o mais tardar a 12 de abril.
O Conselho «convida o Governo sírio a aplicar de forma urgente e manifesta as suas promessas» de pôr fim às operações militares e a fazê-lo «o mais tardar a 10 de abril de 2012».
O texto lembra que Damasco aceitou a 1 de abril cessar a movimentação de tropas em direção a centros urbanos, renunciar à utilização de armamento pesado nesses centros e «começar a retirar a concentração de tropas» das cidades rebeldes e da periferia. A data limite para estes compromissos é 10 de abril.
O Conselho, acrescenta a declaração, «apela a todas as partes, incluindo a oposição, para cessarem as hostilidades nas 48 horas que se seguem à aplicação integral dos compromissos pelo Governo sírio».
Se os combates não cessarem nos prazos previstos, serão ponderadas outras medidas.
Prevendo um eventual cessar-fogo, o Conselho de Segurança pede ao secretariado-geral da ONU para preparar logo que possível "um mecanismo de supervisão credível e eficaz" para controlar a cessação da violência e diz-se pronto a autorizar esse dispositivo desde que a violência cesse.
Segundo diplomatas, trata-se de uma missão de observação com cerca de 250 elementos não armados, mas que terá de ser aprovada por uma resolução do Conselho autorizando o seu destacamento.
A equipa da ONU que vai preparar o envio da referida missão de observadores já chegou a Damasco, segundo um porta-voz de Kofi Annan, emissário da ONU e da Liga Árabe.