Síria: Portugal defende plano da Liga Árabe como «melhor meio viável» para solução política
Portugal defendeu, na Assembleia Geral da ONU, que as iniciativas da Liga Árabe para a Síria são «o melhor meio viável» para resolver politicamente a crise no país, onde prosseguem «violações extensas, grosseiras, sistemáticas» dos Direitos Humanos.
Corpo do artigo
João Maria Cabral, "número dois" da missão de Portugal na ONU, falava num plenário da organização sobre a situação na Síria, numa altura em que já circula uma nova resolução apoiando o plano político da Liga Árabe para o país, moldada no documento vetado há pouco mais de uma semana por China e Rússia no Conselho de Segurança.
A sessão foi aberta pela Alta Comissária Navi Pillay, que apelou a uma tomada de posição da comunidade internacional, face à continuação da violência, que Estados Unidos e Reino Unido dizem ter feito mais de 6.000 mortos.
Para Cabral, o relato de Pillay foi «aterrador» e veio «sublinhar a urgência de acabar com a sangria e começar um processo político significativo».
Desde o veto russo-chinês, o «regime sírio recrudesceu o seu ataque mortífero contra a população» e a situação no terreno está a agravar-se, adiantou.
«Não podemos poupar esforços para impedir a espiral do pais em direção a uma guerra civil», adiantou Cabral.
O responsável da missão de Portugal defendeu ainda que a iniciativa da Liga Árabe é a melhor via para um «regime democrático plural» baseado na igualdade, e as decisões tomadas na reunião do passado fim de semana da organização regional são um contributo positivo para este objetivo.
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]