A União Europeia admitiu aplicar mais sanções além do embargo ao petróleo da Síria para pressionar o regime de Bachar al-Assad, cujas forças de segurança mataram pelo menos 27 pessoas nos dois últimos dias.
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«Se Bachar al-Assad não saír, se não houver mudança de regime, será necessário aumentar a pressão sobre a Síria», declarou o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Alain Juppé, à margem de uma reunião da União Europeia.
O seu homólogo alemão, Guido Westerwelle, afimou que «não se pode excluir que, se a repressão continuar, a Europa discuta medidas suplementares».
A União decretou na sexta-feira um embargo às importações de petróleo sírio, esperando convencer o regime a recuar na repressão violenta da revolta contra o regime que decorre desde Março.
Os Estados Unidos previram que a decisão europeia terá «um impacto directo» na capacidade do regime para financiar a repressão, uma vez que os países europeus importam 95 por cento do petróleo da Síria.
Por seu turno, a Rússia condenou o embargo, argumentando que as sanções decretadas unilateralmente «destroem a possibilidade de uma abordagem comum face a uma crise». Tanto a Rússia como a China se opuseram às sanções e boicotaram uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas que as discutiu.
O presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha, Jakob Kellenberger, chegou à capital da Síria, Damasco, para discutir um melhor acesso da organização as detidos e às zonas onde se verifica a violência.