O exército sírio bombardeou violentamente Homs, no centro do país, e várias outras cidades rebeldes, depois de manifestações realizadas durante a noite em toda a Síria.
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Khaldiyé, um bairro de Homs bombardeado consecutivamente há uma semana, estava sob fogo de granadas de morteiro lançados pelas forças leais ao regime de Bashar al-Assad, indicaram os comités locais de coordenação.
Estes comités, que organizam a contestação no terreno, assinalaram também «bombardeamentos violentos» nos bairros de Bab Houd e Hamidiyé e na cidade velha de Homs.
Cinco civis ficaram gravemente feridos num outro bairro, Ouarché, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que apontou ainda bombardeamentos em Bab Sbaa, Safsafa e Bab Dreib.
Na província de Idleb, os ativistas pró-democracia assinalaram tiros e detenções em Saraqeb, onde o exército entrou há três dias.
Na mesma província, um civil foi abatido por um atirador furtivo, em Maaret al-Noomane, enquanto combates perto da fronteira turca entre soldados e desertores fizeram seis feridos nas fileiras do exército, segundo o OSDH.
Em Hama, no centro do país, vários habitantes manifestaram-se no domingo à noite para denunciar as perseguições que tiveram lugar durante o dia com militares à procura de opositores, referiram ativistas locais.
Abu Ghazi, um dos ativistas, afirmou que as tropas atacaram hoje de manhã Kafr Zeita, uma localidade a 40 quilómetros de Hama, «detiveram militantes e médicos e queimaram as casas de alguns».
Na região, o exército continua a bombardear Qalaat al-Madiq, onde a situação humanitária se está a agravar, de acordo com as fontes citadas.
Durante a noite, realizaram-se também manifestações em Damasco e Alepo em apoio ao Exército Livre da Síria e a exigir a queda do regime. As manifestações têm lugar à noite por razões de segurança.