Milhares de pessoas voltaram-se hoje a manifestar na Síria, um dia após as ações de violência que causaram mais de 180 mortos, numa das jornadas mais mortíferas desde o início da revolta contra o regime do Presidente Assad.
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As milhares de pessoas manifestaram-se através da Síria em resposta ao apelo dos militantes, que se dizem «confiantes na vitória divina» contra o regime do Presidente Bachar al-Assad, apesar da intensificação dos combates e o cerco das localidades.
No total, 25 pessoas, na sua maioria civis, foram mortas hoje, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
O conflito está cada vez mais sangrento, com os balanços diários nas últimas semanas a ultrapassar a centena de vítimas. O balanço de quinta-feira atingiu 183 mortos, dos quais uma centena de civis e 60 militares, segundo o OSDH.
Em mais de 15 meses de revolta contra o regime sírio, as operações de repressão e os combates entre o exército e os rebeldes fizeram mais de 15.800 mortos, na sua maioria civis, de acordo também com os números do OSDH.
Apoiado por uma parte da população, Assad não reconhece a contestação, afirma combater «grupos terroristas» e acusa o Ocidente de apoiar militarmente a rebelião.
Entretanto, realiza-se no sábado, em Genebra, uma reunião internacional considerada crucial para a resolução do conflito sírio, sob a égide das Nações Unidas e na qual participam os Estados Unidos e a Rússia.
O emissário da ONU para a Síria, Kofi Annan, defende uma solução para o conflito através de etapas «claras e irreversíveis» em direção a uma transição democrática, sendo que uma das fases seria um «governo provisório de unidade».