O ataque do Exército sírio em quatro cidades do país fez 121 mortos, dos quais 95 resultam dos confrontos em Hama, indicou o Observatório Sírio para os Direitos do Homem.
Corpo do artigo
Segundo Ammar Qourabi, da organização, citado pela France Presse,«o Exército e as força de segurança lançaram um ataque armado sobre Hama e abriram fogo sobre os civis, provocando a morte a 95 pessoas».
A organização indicou ainda que já tem na sua posse uma lista com os nomes de 65 das pessoas mortas pelas forças leais ao Presidente Bashar al-Assad. O responsável disse ainda que o número de mortos no ataque a Deir Ezzor subiu para 19, em Harak para seis, havendo agora confirmação da primeira morte no ataque a uma quarta cidade, Boukamal.
Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, William Hague, demonstrou-se «consternado» com as informações de que já existem «dezenas de mortos», após o ataque à cidade rebelde de Hama.
«Uma acção deste género contra civis que se manifestaram em massa e pacificamente na cidade durante várias semanas não tem qualquer justificação», sublinhou o ministro em comunicado.
O governante indicou ainda que as informações apontam para que este seja um ataque «concertado» e uma tentativa de condicionar os manifestantes a não mostrarem o seu descontentamento nas ruas durante o mês sagrado do Ramadão, que tem início esta segunda-feira.
As forças armadas da Síria atacaram pelo menos quatro cidades do país, tendo o mais sangrento destes ataques ocorrido na cidade de Hama. Também as cidades de Deir Ezzor (leste) e Harak (sul) sofreram ataques armados das forças leais ao Presidente do regime sírio, Bashar al-Assad, juntamente com Boukamal.