O primeiro-ministro considerou que é «urgente e imediata» a implementação do Acordo Ortográfico. No final da VII Cimeira da CPLP, José Sócrates falou também de energia para dizer que há uma vasta cooperação a fazer para que haja menos dependência do petróleo.
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O primeiro-ministro considerou que a implementação do Acordo Ortográfico é uma tarefa «urgente e imediata» e assegurou que todos os países que ratificaram o documento estão com vontade de levar desde já essa tarefa por diante.
Estas declarações de José Sócrates surgiram na sequência da VII Cimeira da CPLP onde os oito membros desta organização consideraram importante apoiar a introdução do português em organizações internacionais, regionais e agências especializadas.
Numa declaração sobre a Língua Portuguesa, os chefes de Estado e de Governo da CPLP não esqueceram os programas comuns para o ensino do português como língua estrangeira, com a potenciação de uma «rede de professores certificados dos Estados-membros da CPLP.
Estes líderes comprometeram-se ainda a «concertar programas que promovam, na cena internacional, o valor cultural e económico do português designadamente através de projectos comuns suportados pelas tecnologias de informação e comunicação».
Os chefes de Estado e Governo pretendem ainda apostar na formação de tradutores e interpretes e desenvolver programas que «permitam a permanente ligação das diásporas às culturas dos seus países de origem e simultânea integração nos países de acolhimento».
Para além da questão da língua que dominou o último dia desta cimeira que se realizou em Lisboa, houve ainda tempo para debater as questões energéticas no seio desta comunidade lusófona.
«Os países que têm petróleo têm também interesse nas experiências em energias renováveis dos países que não têm petróleo. No campo da energia, é preciso sublinhar também o que são as boas experiências e projectos e potenciar essas boas práticas ao nível da CPLP», acrescentou José Sócrates.
Para o chefe do Governo, no campo da energia, há uma vasta cooperação a fazer nesta comunidade «em maior autonomia no petróleo por parte de todos os países, porque mesmo os que têm petróleo não querem depender tanto do petróleo».