O Comando das Nações Unidas, liderado pelos Estados Unidos, referiu que o cidadão norte-americano estava a fazer uma visita à aldeia fronteiriça coreana de Panmunjom, onde não vivem civis, e atravessou a fronteira para o Norte sem autorização.
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Responsáveis oficiais dos EUA indicaram esta terça-feira que o norte-americano detido após atravessar a fronteira da Coreia do Sul para a Coreia do Norte é um soldado das Forças Armadas dos Estados Unidos.
Não foram revelados no imediato detalhes sobre o motivo e a forma como o soldado transpôs a fronteira altamente fortificada entre as duas Coreias, ou se estava em serviço. Os responsáveis oficiais citados pela agência noticiosa Associated Press (AP) exprimiram-se na condição de anonimato e antes da divulgação oficial do incidente.
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Previamente, o comando da ONU que supervisiona a área tinha anunciado que um cidadão norte-americano atravessou a fronteira entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, no meio de tensões crescentes sobre o programa nuclear norte-coreano.
Na rede social Twitter, o Comando das Nações Unidas, liderado pelos Estados Unidos, referiu que o cidadão norte-americano estava a fazer uma visita à aldeia fronteiriça coreana de Panmunjom, onde não vivem civis, e atravessou a fronteira para o Norte sem autorização. A estrutura informou que está a trabalhar com os homólogos norte-coreanos para resolver o incidente.
A U.S. National on a JSA orientation tour crossed, without authorization, the Military Demarcation Line into the Democratic People"s Republic of Korea (DPRK). We believe he is currently in DPRK custody and are working with our KPA counterparts to resolve this incident. pic.twitter.com/a6amvnJTuY
- United Nations Command 유엔군사령부/유엔사 (@UN_Command) July 18, 2023
Panmunjom está localizada dentro da Zona Desmilitarizada de 248 quilómetros de comprimento, que foi criada no final da Guerra da Coreia.
Ocasionalmente, tem havido derramamento de sangue e tiroteios na zona, mas também tem sido palco de numerosas conversações e um ponto turístico popular.
Os casos de deserções de sul-coreanos para a Coreia do Norte são raros, mas cerca de 30 mil norte-coreanos já optaram por se refugiar na Coreia do Sul desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953), para evitarem a opressão política e as dificuldades económicas.