O Conselho de Segurança da ONU reúne-se de emergência esta quinta-feira, na sequência das denúncias que referem o envio de centenas de militares russos que se encontram a apoiar os separatistas ucranianos no leste da Ucrânia.
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O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se de emergência na sequência das denúncias que referem o envio de centenas de militares russos que se encontram a apoiar os separatistas ucranianos no leste da Ucrânia.
A reunião foi pedida pela Lituânia e deve realizar-se às 16:00 TMG (17:00 de Lisboa) na sede das Nações Unidas em Nova Iorque.
Mais de um milhar de soldados russos está a combater atualmente em território ucraniano, em particular na de Novoazovsk, ao lado das tropas separatistas».
O alerta foi dado por um alto responsável da NATO que classificou a situação de «muito inquietante». Citado pela agência France Presse, este responsável adianta que os soldados não apresentam qualquer identificação mas são facilmente identificáveis pela «sua conduta militar».
Devido à crescente presença de tropas russas em território ucraniano, o primeiro-ministro da Ucrânia, Arseni Yatseniuk pediu aos países ocidentais a convocação urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas devido à crescente presença de tropas russas em território ucraniano.
«A Rússia intensificou substancialmente a presença militar na Ucrânia» acusou Yatseniuk, referindo-se ao êxito da contraofensiva dos separatistas no Leste do país e à captura de dez soldados russos em território ucraniano.
Para Kiev, as tropas russas combatem no Leste da Ucrânia, o que explica os avanços dos separatistas no campo de batalha, e por isso pede ao Ocidente medidas mais eficazes no sentido de travar a suposta agressão da Rússia.
Yatseniuk afirmou também que as «sanções adotadas (até ao momento) não deram resultados» e defendeu que o Ocidente deve considerar o congelamento de todos os ativos russos e paralisar todas as transações financeiras bancárias da Rússia nos países membros da União Europeia, Estados Unidos e países do G7 (Grupo dos países mais desenvolvidos do mundo).
As autoridades ucranianas anunciaram entretanto que a cidade de Novoazovsk, no leste da Ucrânia, foi tomada por blindados de Moscovo logo após o disparo de mísseis Grad a partir de território russo. A Rússia negou que qualquer militar seu esteja envolvido nos combates.