Os soldados sírios entraram, esta segunda-feira, no bairro de Baba Amro na cidade de Homs (centro), bombardeada e cercada pelas forças do regime do presidente Bashar al-Assad.
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A informação de que as forças leais ao regime entraram no bairro Baba Amro foi avançada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Homs tem sido palco de violentos confrontos entre soldados e presumíveis desertores desde pelo menos há cinco dias. A oposição síria fala num «massacre» e já pediu, esta segunda-feira, «protecção internacional» para os civis.
Nesta cidade, um dos lugares de maior revolta contra o regime do presidente Bashar al-Assad, várias organizações não governamentais (ONG) denunciam um ataque de grandes dimensões dos militares sírios, com artilharia pesada, mísseis e o recurso à aviação para bombardear bairros residenciais.
De acordo com a OSDH, uma ONG baseada no Reino Unido, este ataque provocou «dezenas de mortos e feridos» e os habitantes locais viram «um camião cheio de corpos». O Conselho Sírio, que agrupa a maioria das correntes da oposição, disse também que «os corpos cobrem o solo».
Entretanto, a Liga Árabe convocou uma reunião de urgência a nível ministerial para o próximo sábado, 12 de Novembro, de modo a debater o cenário de violência na Síria, visto que o chefe de Estado al-Assad não está a cumprir a promessa de acabar com a repressão contra os movimentos de contestação ao regime.
O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Arabi, já alertou para os riscos de uma violência continuada na Síria, sublinhando a falta de progressos no cumprimento do plano árabe para resolver a crise.
Desde meados de Março, este país tem sido palco de revoltas populares contra o regime de al-Assad, tendo provocado a morte de cerca de 3.000 pessoas, entre as quais 187 menores, de acordo com os últimos dados das Nações Unidas.