O secretário-geral da NATO anunciou uma "iniciativa multianual" para ajudar a Ucrânia a fazer "a transição do equipamento da era soviética" e atingir os padrões da organização.
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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou esta terça-feira uma iniciativa a longo prazo para auxiliar a Ucrânia a fazer a transição dos equipamentos militares da era soviética para os padrões da Aliança Atlântica.
"É o nosso compromisso a longo prazo: aproximá-la [à Ucrânia] da família transatlântica", sustentou Stoltenberg, em conferência de imprensa no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, na Bélgica, depois de uma reunião entre os ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros da organização, com a participação de chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba.
O secretário-geral da Aliança Atlântica anunciou, por isso, uma "iniciativa multianual" para ajudar a Ucrânia a fazer "a transição do equipamento da era soviética e para estar de acordo com os padrões da NATO".
"[O Presidente russo, Vladimir] Putin não alterou o rumo da guerra e pensa que a Rússia consegue superar o nosso apoio", afirmou ainda.
Naquela que foi também a primeira reunião com a participação da Finlândia enquanto Estado-membro da aliança político-militar, Stoltenberg anunciou que "os primeiros tanques Leopard e Challenger já estão na Ucrânia" - entre eles os três Leopard 02 A6 disponibilizados por Portugal - e que até esta terça-feira houve um apoio a Kiev de 150 mil milhões de euros, 65 mil milhões de euros dos quais em equipamento militar.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).