O tribunal de Nova Iorque decidiu, esta sexta-feira, colocar Strauss-Kahn em liberdade sem estabelecer caução. Contudo, a acusação não retira as queixas.
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Numa breve audiência de 10 minutos no tribunal penal de Manhattan, Nova Iorque, o procurador Cyrus Vance pediu ao juiz para levantar a prisão domiciliária de Strauss-Kahn, após revelações que desacreditaram a sua acusadora, uma empregada de hotel guineense de 32 anos.
Strauss-Kahn deixa de estar em prisão domiciliária e pode viajar dentro dos Estados Unidos.
Segundo o jornal New York Times, a mulher terá tido uma conversa telefónica com um recluso no mesmo dia dos incidentes sobre eventuais benefícios que poderia ter se acusasse o ex-director do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O Ministério Público de Nova Iorque detectou ainda irregularidade no pedido de asilo da empregada de origem guineense. Há também suspeitas de ligações a actividades criminosas como lavagem de dinheiro e tráfico de droga.
Contudo, os testes de ADN confirmaram relações sexuais entre o ex-ministro francês e a empregada de hotel.
A justiça decidiu igualmente levantar a exigência da fiança de seis milhões de dólares que foi imposta ao acusado.
Mas o procurador recusou retirar as acusações, explicando que o caso não estava fechado.
Está marcada uma audiência para o próximo dia 18.
Um dos advogados de Strauss-Kahn, William Taylor, assegurou à saída do tribunal estar «convencido» que o seu cliente será absolvido. Mas o advogado da empregada do Sofitel, Kenneth Thompson, declarou que a sua cliente não «mudou uma única palavra» da sua versão dos factos, precisando ter «provas materiais» da agressão sexual.
Dominique Strauss-Khan estava em prisão domiciliária em Nova Iorque desde 21 de Maio.