Um responsável da diplomacia sudanesa anunciou que Meriam Yahia Ibrahim Ishag terá liberdade religiosa e que a vida desta jovem de 27 anos será protegida.1
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O regime sudanês anunciou, este sábado, a libertação «nos próximos dias» de uma sudanesa cristã de 27 anos, que tinha sido condenada à morte por renegar o Islão.
O secretário-adjunto do ministério sudanês dos Negócios Estrangeiros assegurou ainda que esta mulher terá liberdade religiosa e que a vida de Meriam Yahia Ibrahim Ishag será protegida.
A decisão anunciada por Abdulahi Alzareg acontece depois de meses de pressão da comunidade 1internacional por causa desta jovem presa há mais de quatro meses e que tinha condenada à pena máxima em maio.
Filha de mãe etíope, praticante da fé ortodoxa, e de pai muçulmano, Meriam Ibrahim casou com um homem cristão há três anos, mas chegou a tribunal depois de ter sido denunciado por um membro da família dela em setembro de 2013.
Detida no início de 2014, Meriam Ibrahim lembrou que o pai a abandonou aos seis anos e que por isso disse em tribunal que nunca foi islâmica, mas sim cristã ao tentar defender-se da acusação de violar a lei islâmica.
Com um filho de ano e meio ao colo e grávida de cinco meses, os juízes deram três dias para que a jovem voltasse ao Islão, mas a recusa fez com que fosse acusada de renúncia à religião islâmica e adultério por se ter casado com um não muçulmano.
Condenada também a cem chicotadas, por estar grávida, Mariam ficaria junto com o filho durante dois anos e depois a sentença de morte seria executada.