O anúncio surgiu poucas horas antes do início das conversações de paz entre governo e rebeldes, a decorrerem na Etiópia. Mesmo sem um cessar fogo, a população está confiante nas negociações.
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Há uma confiança, mesmo que prudente, no Sudão do Sul. A população do jovem país, mergulhado em violência desde o mês passado, acredita que podem dar resultado as conversas de paz que estão a decorrer na Etiópia, em Adis Abeba, entre as delegações do presidente e do líder dos rebeldes.
Apesar das conversas de paz, os combates não pararam e o movimento de refugiados também não. Há mais de 120 mil refugiados, vitimas da violência que, em pouco mais de duas semanas, ja provocou pelo menos mil mortos.
Poucas horas antes do início das conversações, o presidente Salva Kiir declarou o estado de emergência nos estados de Unity e Jinglei, duas regiões estrategicamente impoirtantes que estão sob controlo das forças rebeldes.
O chefe da missão de capacetes azuis das Nações Unidas no Sudão do Sul reafirma o apelo ao cessar fogo, lembrando que é preciso dar uma oportunidade as conversas de paz.
Filipe Ribeiro é um português que está em Juba, capital do Sudão do Sul, a trabalhar para uma empresa ao serviços das Nações Unidas, na distribuição de alimentos.
Esta manhã, em conversa com a TSF, deu conta do sentimento de esperança e confiança da população no resultado das negociações, mesmo que as armas ainda não se tenham calado.
Das dez provincias do Sudão do Sul, o conflito já se estendeu a sete. O Sudão do Sul é o mais jovem pais do mundo, independente há 3 anos. É um pais com petróleo mas que tem 50 por cento da população a viver abaixo do limiar da pobreza.