Os confrontos entre a população e a polícia tiveram origem na morte de um imigrante pela policia que foi acusada de ser racista. As autoridades teme uma escalada da violência.
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As autoridades suecas estão a reforçar a segurança em Estocolmo, prevenindo mais uma noite de distúrbios e receando uma escalada da violência depois de cinco noites consecutivas de confrontos com a policia e de carros e lojas incendiados.
Os incidentes foram desencadeados pela morte, em Husby, um bairro desfavorecido da capital sueca, de um habitante de 69 anos e com problemas psíquicos.
O indivíduo foi abatido a tiro pela polícia no apartamento onde se tinha fechado com a companheira, mas os agentes disseram ter disparado em legítima defesa, por terem sido ameaçados com um machado.
A polícia abriu uma investigação ao incidente, mas essa medida não evitou o recrudescimento dos distúrbios na noite seguinte e também que se estendessem a bairros próximos.
A Estocolmo estão a chegar reforços policiais de Gotemburgo, e outras três províncias do centro e sul da Suécia, devido ao receio de um escalar das desordens.
A polícia está também a ser ajudada por muitos residentes dos 10 bairros dos arredores da capital sueca, afectados pela violência. Os populares estão desde ontem organizados em brigadas de vigilância, que patrulham as ruas para acalmarem os ânimos e controlarem os jovens mais rebeldes.
Os distúrbios, são o sintoma de uma desintegração sócio-económica nos bairros dos arredores de Estocolmo, marcados por desemprego elevado, baixa escolaridade, e pobreza relativa.
Com taxas de população estrangeira acima dos 70 ou 80%, na maioria refugiados e imigrantes da Turquia, Norte de África ou Médio Oriente, os arredores da capital sueca tornaram-se em zonas de desalento, e onde prospera a desconfiança contra o Estado e sobretudo contra a polícia, acusada de ser repressiva e racista.
Mas se incendiar o carro do vizinho, a loja da esquina, ou a escola do bairro não é a resposta para os problemas sócio-económicos da comunidade estrangeira é, pelo contrário, uma dádiva para os neo-fascistas suecos com assento no Parlamento.