Trezentos militares vigiam locais sensíveis na Bélgica mas a sua presença é pouco notada
Após o desmantelamento na quinta-feira de uma célula terrorista, o governo belga destacou três centenas de militares para assumirem a vigilância de locais considerados sensíveis. O jornalista João Francisco Guerreiro já deu uma volta pela capital e constatou que só no centro se vê mais segurança.
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A presença policial nota-se particularmente no centro da cidade e em algumas zonas do bairro onde estão situadas residências de embaixadores. À porta do museu judaico os dois polícias que fazem a vigilância habitual das instalações foram substituídos por militares. Cinco elementos do exército belga garantem a segurança, armados com metralhadoras e colete à prova de bala, no mesmo local onde, há menos de um ano, um homem concretizou um atentando que provocou 4 mortes.
De resto, pela cidade há uma presença policial discreta, quase impercetível, na rua. Nem junto às esquadras é possível perceber esse reforço do patrulhamento, anunciado pelo governo.
Em Antuérpia, a 40 quilómetros de Bruxelas, junto à estação de caminho de ferro fica o bairro maioritariamente habitado por Judeus, comerciantes de joias e diamantes, este bairro também está vigiado por militares.
O primeiro-ministro Charles Michel, anunciou ontem, depois de uma reunião de conselho de ministros que a partir de hoje iria começar a notar-se a presença de militares das ruas.
Foram destacados 300 elementos do exército belga para uma primeira fase e enquanto o nível de alerta terrorista se situar no 'grau 3', o segundo mais elevado numa escala de quatro.
Esta é uma das doze medidas anunciadas ontem pelo governo belga, entre elas está também um reforço das leis penais para os casos de terrorismo e o desenho de um quadro legal que permita condenar combatentes que regresse da síria.