Tribunal egípcio condena 36 universitários por se manifestarem pelo presidente deposto
Um tribunal egípcio condenou hoje 36 estudantes da universidade islâmica de Al-Azhar a quatro anos de prisão por terem participado numa manifestação violenta a favor do presidente islamista Mohamed Morsi, destituído pelo exército, informou fonte judicial.
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Outro tribunal condenou no sábado sete apoiantes de Mohamed Morsi à pena de prisão perpétua por terem participado em manifestações violentas na província de Qalioubiya, a norte do Cairo, em meados de agosto de 2013, refere um comunicado hoje emitido pelo gabinete do procurador.
As sete pessoas foram acusadas de terem atirado sobre quem passava, de resistência à autoridade e de bloqueio de uma autoestrada com barricadas feitas de bocados de metal e de madeira e de pneus a arder.
Os 36 estudantes hoje condenados têm de pagar ainda uma multa de 30.000 libras egípcias (3.300 euros) por terem sido considerados culpados de bloquearem estradas e agredirem as forças de segurança durante uma manifestação organizada em dezembro.
Desde a destituição e prisão, em julho, do único presidente eleito democraticamente no Egito, os seus apoiantes têm-se manifestado - na maior parte das vezes de forma pacífica - para reclamar o seu regresso ao poder, apesar da repressão que já fez mais de 1.400 mortos e cerca de 15.000 detenções.