TSF em Israel. A caminho de Ashkelon, uma viagem de comboio estranhamente tranquila
Em Israel, os locais públicos não têm ninguém e os transportes públicos circulam praticamente vazios. Por outro lado, há muita polícia nas ruas israelitas.
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A caminho de Ashkelon, uma região perto do norte da Faixa de Gaza, a viagem de comboio foi demasiado tranquila, parece até que não há mais ninguém além do condutor e dos revisores. Em Telavive, a estação estava praticamente deserta.
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Aqui, apenas estavam alguns grupos de soldados, nomeadamente quatro jovens, com 19 anos, que entraram no exército israelita no passado mês de agosto. Visivelmente nervosos, mas, ao mesmo tempo, entusiasmados por irem passar o dia de folga a casa. Usam o uniforme há muito pouco tempo e, por isso, não deverão ser mobilizados para zonas de combate.
Nas ruas de Israel, os locais públicos não têm ninguém e os transportes públicos circulam praticamente vazios. Por outro lado, há muitos carros da polícia com bandeiras, como se de um jogo de futebol se tratasse. Nas zonas de construção ou de obras, os trabalhadores não estão a trabalhar e as gruas estão paradas desde sábado, dia em que se iniciou o ataque do Hamas contra Israel.
Durante este viagem de comboio não houve sinais de lançamento de rockets. As sirenes tocam em zonas muito circunscritas, em locais onde se prevê que haja um ataque.
As pessoas andam de telemóvel na mão para seguir todos os acontecimentos deste conflito. Por vezes, ouve-se uns 'bips', uma pequena sirene digital de uma aplicação móvel utilizada pelos cidadãos para receber alertas de segurança. Durante a madrugada, verificaram-se alertas de segurança para presumíveis infiltrações nesta zona israelita perto da fronteira e, de vez em quando, ouve-se o som de, pelo menos, uma sirene, que indica um sinal de alerta.
Neste momento estão a ser evacuadas as zonas mais próximas da fronteira, onde poderá avançar a ofensiva terrestre de Israel contra a Faixa de Gaza.