O governador de Istambul proibiu uma manifestação anti-governo marcada para esta tarde. De manhã, a polícia dispersou com gás lacrimogéneo uma multidão que assistia a uma cerimónia fúnebre.
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Depois de uma noite marcada por violentos confrontos, e já considerada uma das piores desde o inicio dos protestos, o dia na Turquia manteve a tensão crescente entre as forças de segurança e manifestantes.
Em Ancara, a polícia dispersou com gás lacrimogéneo uma multidão que assistia a uma cerimónia fúnebre pela morte de um manifestante.
O centro da capital turca tinha sido isolado pelas autoridades, de modo a evitar mais concentrações, quando milhares de pessoas se juntaram no centro da capital turca em memória do manifestante morto.
Foi nesse momento que a multidão foi dispersada após vários disparos de gás lacrimogéneo da polícia anti motim, segundo a imprensa turca citada pela agência Efe.
Já em Istambul, o governador anunciou que a manifestação anti-Governo, marcada para esta tarde, não está autorizada. Diz o governador que o apelo ao protesto na praça Taksim não vai ajudar a conseguir um clima de paz e de segurança.
Para este responsável, o exercício de direitos democráticos como as manifestações só podem voltar a acontecer quando a situação na Turquia estiver mais calma.
Apesar da proibição, milhares de pessoas são esperadas em Istambul, cidade para onde estão marcadas duas manifestações: uma de apoio ao primeiro-ministro, outra em solidariedade com os manifestantes da praça Taksim.
O apelo nas redes sociais fala em um milhão de pessoas nestas manifestações, marcadas para a mesma hora mas em locais diferentes de Istambul.
Na cidade, a noite foi marcada por novos confrontos. A policia usou canhões de água e gás lacrimogéneo para retirar as pessoas que continuavam acampadas no parque Gezi.
Testemunhas no local contam que a intervenção da policia se estendeu a um hotel onde os manifestantes costumavam procurar abrigo e onde os médicos assistiam os feridos. Só em Istambul, ficaram feridas pelo menos 44 pessoas.