Pelo menos nove mortos, sete civis e três polícias, e 150 manifestantes feridos, 30 em estado grave, resultam dos confrontos mais graves, em Kiev, desde finais do mês passado.
Corpo do artigo
Centenas de polícias acompanhados por tanques cercam a praça da independência duas horas depois do fim do ultimato do governo.
Neste local começaram a rebentar engenhos pirotécnicos e a polícia utilizou canhões de água para dispersar os manifestantes.
[Youtube:Y_LFrMcoEm4#t]
Já é de noite e a praça da independência está cheia de pessoas que apesar do encerramento do metro e das barreiras policiais conseguiram chegar à praça de todos os protestos na Ucrânia.
Os discursos não param. A instalação sonora difunde para toda a praça os apelos de vários dirigentes da oposição incluindo V itali Klitschko.
Ele pediu «às mulheres e às crianças» para abandonarem a Praça Maidan. Ele avizinha uma batalha campal com muito sangue agora que terminou o ultimato decretado pelas forças de segurança aos manifestantes.
Os manifestantes que batem com paus nos escudos improvisados de placas de contraplacado e de tampas de caixotes do lixo.
O ultimato já terminou há uma hora e numa mensagem publicada na Internet e assinada pelo responsável dos serviços de segurança, e pelo ministro do Interior, afirma-se que serão usados «todos os meios previstos na lei» para acabar com os confrontos registados em Kiev.
As autoridades afirmam dispôr de «forças suficientes para impôr a ordem» e ameaçam «atuar com firmeza se os distúrbios continuarem».
O Governo acusa os extremistas da oposição de passarem dos limites: eles matam inocentes nas ruas da capital da Ucrânia, violam mulheres, e queimam edifícios pode ler-se neste comunicado do executivo.
[Youtube:nca9zSfnQhY]
De acordo com o último balanço, morreram nove pessoas, sete civis e três polícias. Contabilizaram-se 150 feridos, dos quais 30 grvaes.
Segundo os médicos que estão a trabalhar num hospital de campanha, montado pela oposição ucraniana, a maioria das lesões foi provocada por granadas de atordoamento.
[Youtube:qutfTcnuvDY]
As mesmas fontes acrescentaram que dos 150 feridos cerca de 30 pessoas sofreram lesões na cabeça e encontram-se em estado grave, informando ainda que será preciso amputar a mão a um dos feridos.
A comunidade internacional acompanha com preocupação o evoluir dos acontecimentos na capital ucraniana.
A Casa Branca volta a pedir ao presidente ucraniano que promova a calma e coloque fim aos confrontos e que recomece o diálogo com a oposição.
Na Europa a 28, a chefe da diplomacia Catherine Aston volta a condenar a violência, apelando a todos que assumam cada um a sua quota parte de responsabilidade em busca de uma solução para um conflito.
A Alemanha pede contenção à polícia e sugere aos manifestantes a retirada dos locais ocupados.
A UEFA não tenciona adiar o jogo de quinta-feira entreo Dínamo de Kiev e o Valência.