O ministro russo dos Negócios Estrangeiros avisa que será «perigoso» obrigar a Ucrânia a uma escolha entre o Ocidente e a Rússia. Em Estrasburgo, Durão Barroso exortou a Rússia a trabalhar de forma construtiva com a União Europeia.
Corpo do artigo
Sergei Lavrov, o chefe da diplomacia russa, avisou esta manhã que a Ucrânia não deve ser forçada a escolher entre a aproximação a Moscovo ou ao Ocidente.
Para Lavrov será «perigos» se Kiev for confrontada com uma escolha do género. O governante russo manifestou ainda a sua oposição à marcação de eleições presidenciais na Ucrânia para o final de maio.
Lavrov lembrou que o acordo que permitiu uma saída para a crise remetia as eleições para depois de uma revisão constitucional que só deverá ocorrer em setembro.
As declarações do ministro russo dos Negócios Estrangeiros foram feitas esta manhã, após um encontro com o responsável pela diplomacia do Luxemburgo.
Também esta manhã, Durão Barroso defendeu que «a unidade e integridade territorial da Ucrânia tem que ser respeitada» e exortou a Rússia a trabalhar de forma construtiva com a União Europeia com vista a assegurar uma «Ucrânia unida».
«Lanço daqui um apelo a todos os nossos parceiros internacionais, em particular a Rússia, no sentido de trabalharem de forma construtiva connosco para garantir uma Ucrânia unida que possa ser um fator de estabilidade no continente europeu, uma Ucrânia que tenha boas relações tanto com os seus parceiros ocidentais como com os seus parceiros a Leste», declarou Durão Barroso, perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França.
Em Kiev, o parlamento adiou para quita-feira a aprovação de um governo de coligação. A decisao foi justificada pela necessidade de alargar o período de consultas.