Ucrânia diz que 52 soldados russos morreram no ataque. Por sua vez, a Rússia relata que sete pessoas morreram e outras 60 ficaram feridas.
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A Ucrânia anunciou esta terça-feira que bombardeou unidades militares russas e um depósito de munições na região ocupada de Kherson (sul), matando 52 soldados russos, mas as autoridades russas relataram apenas a morte de sete pessoas.
Segundo oficiais militares ucranianos responsáveis pelo sul do país, bombardeamentos e mísseis mataram 52 soldados russos e atingiram "um armazém com munições em Nova Kakhovka".
Por seu lado, as autoridades russas de ocupação na região de Kherson, no sul da Ucrânia, disseram que sete pessoas foram mortas e cerca de 60 ficaram feridas no ataque ucraniano durante a noite de segunda-feira para hoje.
"Já há sete mortos e cerca de 60 feridos" neste ataque que atingiu a cidade de Nova Kakhovka, declarou na rede social Telegram o chefe da administração militar-civil instalada nesta localidade pelas forças russas, Vladimir Leontiev.
Uma vice-líder da administração de ocupação de Kherson Ekaterina Goubareva também relatou sete mortos e acusou as forças ucranianas de realizar o ataque com lançadores múltiplos de foguetes Himars dos Estados Unidos.
"Dúzias de casas foram atingidas... Estamos a tirar as pessoas dos escombros", disse Leontiev.
"É uma tragédia terrível (...) O número [de vítimas] vai aumentar, porque a extensão dos danos é enorme", acrescentou Leontiev.
"É claro que se trata de [um] ataque deliberado, violento, cínico com mísseis de alta precisão, não há alvos militares aqui (...). Armazéns foram atingidos, lojas, uma farmácia, bombas de gasolina e até uma igreja", sublinhou Leontiev, denunciando um "ato de terrorismo".
De acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP), não foi imediatamente possível verificar essas alegações de forma independente.
O Exército ucraniano lidera uma contra ofensiva na frente de Kherson há várias semanas, enquanto a maior parte das tropas russas está posicionada no Donbass, no leste da Ucrânia.
Kiev recuperou terreno e aproximou-se de Kherson, uma grande cidade de 290.000 habitantes, mas até agora não conseguiu romper completamente as defesas russas.