Era um dos homens mais procurados do mundo. A detenção de Radovan Karadzic, antigo líder dos sérvios da Bósnia acusado de genocídio, está a provocar reacções de satisfação um pouco por todo o mundo. A União Europeia já saudou esta captura como um passo importante para a integração da sérvia no conjunto dos 27.
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O juiz de instrução do Tribunal de Belgrado já terminou a audição preliminar ao antigo líder dos sérvios das Bósnia, primeiro passo na direcção da extradição para o Tribunal Penal Internacional, em Haia.
O presidente da Comissão Europeia considerou a captura de Radovan Karadzic pelos serviços secretos sérvios como «um desenvolvimento muito positivo que vai contribuir para a justiça e a reconciliação nos Balcãs».
Durão Barroso acrescenta que esta é uma notícia que se revela muito importante, tendo em conta a vontade de integração da Sérvia na União Europeia.
Em declarações à TVE, o chefe da diplomacia europeia, Javier Solana, fala igualmente do relevo desta detenção e defende que Karadzic tem de ser entregue ao TPI.
Os Estados Unidos também já reagiram. A Casa Branca considera que esta detenção «é uma homenagem contra as atrocidades cometidas durante a guerra na Bósnia».
Das Nações Unidas chega mais uma reacção positiva. O secretário-geral Ban Ki-moon diz tratar-se de uma «captura histórica».
Karadzic, também conhecido pelo Bin Laden da Europa, está acusado do genocídio de milhares de pessoas pelo cerco de Saravejo e pelo massacre de Srebrenica.