Em comunicado, a chefe da diplomacia europeia Catherine Ashton considera inaceitável o de Meechal Tamo, assim como outros que se registaram nos dias anteriores na Síria.
Corpo do artigo
A responsável pela diplomacia europeia diz que os últimos acontecimentos fazem aumentar o receio dos europeus pelo que se passa no país.
Já esta manhã, uma pessoa foi morta e várias ficaram feridas quando as forças de segurança sírias dispararam contra os que participavam no funeral do dirigente curdo Mechaal Tamo, assassinado na sexta-feira em Qamichli, nordeste da Síria.
«O funeral de Mechaal Tamo transformou-se numa manifestação de 50 mil pessoas a pedirem a queda do regime» do Presidente Bashar al-Assad, explicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) em comunicado.
Mechaal Tamo, 53 anos, membro do Conselho Nacional Sírio, principal coligação da oposição, foi assassinado na sexta-feira por desconhecidos que seguiam num veículo quando se encontrava em frente à casa de um amigo em Qamichli, disseram ativistas.
O seu filho Marcel ficou gravemente ferido e foi hospitalizado e uma militante curda, Zahida Rachkilou, também foi atingida, segundo a OSDH.
Fundador do Movimento do Futuro, um partido liberal curdo, Mechaal Tamo foi recentemente libertado depois de três anos e meio de prisão. Rejeitou uma proposta de diálogo apresentada pelas autoridades aos partidos curdos.
Depois de ter sido anunciada a sua morte, milhares de manifestantes saíram à rua na sexta-feira à noite.