A Dinamarca, que não pertence à Zona Euro, declarou-se esta quinta-feira disposta a aceitar uma alteração do tratado da União Europeia se esta for necessária à saúde da moeda comum, desde que seja feita com os 27 Estados-membros.
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«Se os países do euro consideram que uma mudança do tratado constitui uma parte da solução, estamos abertos a essa solução», disse a primeira-ministra dinamarquesa, a social-democrata Helle Thorning-Schmidt, à chegada à cimeira dos dirigentes europeus em Bruxelas.
«É muito importante que mantenhamos os 27 [países da União Europeia] unidos, isso funcionou noutros tempos e noutras crises e esperamos que agora funcione também», acrescentou.
A Alemanha e a França são a favor de uma alteração do tratado para nele consagrar um reforço da disciplina orçamental comum, com o objectivo de não se repetirem as derivas do passado, que contribuíram para a crise da dívida.
Qualquer alteração ao tratado da UE necessita da aprovação por unanimidade dos 27 Estados-membros, mesmo que as modificações apenas digam respeito aos 17 que integram a União Monetária.
Caso essa unanimidade dos 27 seja demasiado complicada de obter, Paris e Berlim ameaçaram já que recorrerão a um acordo limitado apenas aos países da Zona Euro, o que está a preocupar os restantes Estados-membros.