A União Europeia considerou inaceitável a repressão violenta sobre manifestantes na Síria e a França apelou às autoridades daquele país a renunciarem ao uso da força contra civis.
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De Bruxelas, a crítica veio do presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek, que pediu também a libertação de todos os presos políticos.
«A repressão violenta das manifestações pacíficas em toda a Síria é inaceitável», afirmou Buzek, citado pela agência AFP, acrescentando que o regime sírio «deve reconhecer que os tempos mudam e ir ao encontro das aspirações legítimas do seu próprio povo».
Segundo a Reuters, 88 pessoas foram mortas esta sexta-feira na Síria durante a dispersão, pelas forças de ordem, de manifestantes contra o regime do presidente Bashar al-Assad. Há ainda relatos de centenas de feridos.
Apelando ao fim dos «assassínios, torturas e detenções arbitrárias», o presidente do Parlamento Europeu reclamou ainda «uma investigação independente» aos incidentes e o julgamento dos «responsáveis de torturas e outros abusos».
De Paris, o apelo às autoridades sírias para acabarem com a violência contra civis surgiu do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que pediu igualmente reformas políticas que «respondam às legítimas aspirações do povo sírio».
«Apelamos, novamente, a um compromisso sem demoras para um diálogo inclusivo», refere a diplomacia francesa, em comunicado, exigindo um inquérito aos incidentes, o julgamento dos seus responsáveis, a libertação de manifestantes detidos e o respeito pelos direitos fundamentais dos cidadãos e uma imprensa livre.