A chefe da diplomacia europeia condenou, este sábado, a violência «intolerável» na Síria, considerando essencial que Damasco proceda a «reformas políticas profundas».
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O Governo sírio deve «acabar imediatamente» com o recurso «à força brutal contra manifestantes» e a «respeitar o seu direito de se manifestarem», considerou Catherine Ashton, num comunicado.
A chefe da diplomacia europeia considerou ainda «intoleráveis» os tiros disparados sobre os manifestantes, defendendo que «todos os responsáveis por esses crimes devem responder perante a justiça».
Apesar do anúncio do levantamento do Estado de emergência na Síria, «reformas credíveis só podem ser avaliadas por verdadeiras melhorias no terreno», disse.
«Apelo ao Governo sírio a levar a cabo reformas profundas, a começar pelo respeito pelos direitos mais elementares, as liberdades fundamentais e o Estado de direito», referiu Ashton.
«É essencial que estas reformas comecem imediatamente, de acordo com um calendário concreto», disse, acrescentando que a UE está disponível para apoiar um «autêntico processo de reformas», que só será possível se Damasco acabar «com toda a violência repressiva».
A comunidade internacional condenou a repressão sangrenta do regime do Presidente Bashar Al-Assad às manifestações na Síria, durante as quais, só na sexta-feira, morreram mais de 80 pessoas, enquanto pelo menos outras 13 morreram este sábado quando pretendiam assistir aos funerais das vítimas da repressão.